Problemas da Midia
Tentar definir brinquedo não é algo tão fácil assim, talvez um objeto que a criança utiliza para brincar, talvez um meio de fugir da realidade, ou se aproximar dela de forma a não correr riscos; talvez um objeto lúdico, não-sério... Muitos autores tentaram e tentam até hoje definir este simples instrumento utilizado pela criança, e muitos chegaram a algumas conclusões; no entanto, quando unimos todos eles em uma só palavra, descobrimos o tão complexo objeto que temos em mãos. Se por um lado para nós, adultos é algo tão complicado, nas mãos de uma criança ele se transforma em uma mala de mistério e fantasia.
Para a criança, o brinquedo é objeto de representação, de fantasia, de se aproximar da realidade, é objeto de construção e um meio de estar mais próximo do seu futuro e de suas necessidades irrealizáveis. É o que segue nas próximas linhas; o modo como cada uma dessas funções está presente na relação da criança com o seu objeto, o brinquedo. E também, como esta relação é importante para a cultura geral e a cultura lúdica das crianças.
Para Scaglia (2004), o brinquedo seria uma forma mais concreta de representação da imaginação, pois o seu valor está justamente no significado que é atribuído a ele, mais do que na sua forma de objeto.
Em Barthes (1999), o brinquedo é antes de tudo, um objeto que tem de ser explorado, manipulado com total liberdade, sem estar à mercê de regras ou princípios de utilização; e dentro dos diversos contextos sociais a que ele esteja inserido, são as crianças as especialistas de brinquedos.
De acordo com Vygotsky (2000), o brinquedo surge de situações de desejos irrealizáveis que a criança possui naquele determinado momento. Quando uma criança deseja ter alguma coisa ou ser alguém em especial e isso não é possível, ela utiliza-se do brinquedo para suprir aquela necessidade irrealizável.
Que o brinquedo faça parte da cultura das crianças isso não podemos negar, e de acordo com os autores acima, o que podemos