Portadores de sofrimento mental
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O sofrimento mental sempre existiu. O que mudou com o passar do tempo foi a forma como ele foi sendo tratado no decorrer dos anos. No mundo antigo acreditava-se que os portadores de sofrimento mental eram seres enviados pelos deuses, eram considerados sobrenaturais e místicos. Estes eram cultuados pelos povos por tais motivos mas agregado a isto as pessoas os temiam o que fazia com que eles vivessem à margem da sociedade. Durante a Idade Média o pensamento sobre o misticismo dos portadores de sofrimento mental permaneceu, porém, ao invés de serem considerados como enviados dos deuses, passam a serem considerados seres maus, possuidores de um espírito demoníaco. Pois a crença maior na Idade Média era o Cristianismo, e este pregava que o demonismo era resultado das imperfeições e falta de características humanas, ou seja, aqueles que não eram humanos perfeitos eram maus e deveriam ser eliminados ou sofrer todo tipo de tortura permitida à época para mudar. Ao fim da Idade Média, a segregação dos ditos “loucos” era feita através do banimento destes das fronteiras das cidades europeias, através da “Nau dos Loucos” que era um navio em que os portadores de sofrimento mental eram colocados e que ficava vagando pelo oceano sem destino até que, ocasionalmente, chegasse a algum porto. Os loucos eram mandados à morte de forma ‘disfarçada’. As pessoas na cidade os temiam, os parentes os repugnavam, e o governo não se importava com o que era feito com eles, até mesmo apoiava. No século XII, especialmente na Europa, surgem os primeiros asilos, locais estes onde aqueles que eram segregados pela sociedade passaram a viver. Estas instituições abrigavam não só os portadores de sofrimento mental, mas também qualquer marginalizado que existisse na sociedade. Nos asilos as pessoas eram internadas, presas, isoladas e esquecidas do mundo, não tinham nenhum tipo de assistência para cura ou ajuda, não recebiam nenhum tipo de tratamento médico e dividiam o espaço com os demais