Por um processo de ensino - aprendizagem mais estimulante
Assis Marçal
A apreensão do conceito de número fracionário vai além da mera expansão do universo numérico vista que existe uma real necessidade para a resolução dos problemas cotidianos; como efetuar comparações, partições (Ex.: dos lotes de um terreno, de uma guloseima ou da distribuição do lucro percebido na proporção do capital investido por cada sócio na empresa, etc.), determinação da probabilidade de um evento ( Ex.: A chance de se ganhar sozinho na loteria é de uma em 10 milhões ) ou do levantamento estatístico de um aspecto qualquer, analisada a partir das amostragens obtidas numa determinada população ( de dados ), estabelecer relações de proporção ( Ex.: Substâncias misturadas na Química ou na culinária, ou ainda, na Música, quando busca – se obter uma nota “uma oitava“ acima, e, na Geografia, a razão de escala de proporção em mapas, etc. ) e assim por diante. Denota – se a partir destas singelas exemplificações a questão da importância do aprendizado deste conteúdo por parte das crianças.
Ocorre, contudo, que a criança, não raras vezes, percebe que o aprendizado da Matemática é, corriqueiramente, um tópico monótono; considerando que as aulas não passam de um processo de transferência de conhecimentos do professor para o aluno, fornecedor de uma educação bancária, como argumenta Paulo Freire, e mantenedor da rigidez estabelecida no conceito tradicionalista para a educação.
Visando alterar este quadro reprodutor dos processos de excludência educacional e do potencial desinteresse do aluno pelo aprendizado da disciplina matemática, buscam – se os referenciais teóricos desenvolvidos pelos estudos de Piaget, Paulo Freire, Vygotsky e outros, configurando um razoável municiamento de recursos agregados na pedagogia contemporânea para não somente despertar o interesse pelo aprendizado da ciência matemática, mas,