politica do medo

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A POLITICA DO MEDO NA PRÁTICA

São Paulo, segunda-feira, 05 de setembro de 2011

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'Política do medo' perpetua trauma do 11 de Setembro

Nem 1% dos americanos vê o risco terrorista como prioridade, mas 36% temem ser vítimas de atentado

Ao mergulhar país em alertas, governo Bush disseminou medo, que ainda persiste, como queriam os terroristas

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

Confusão, ansiedade e uma certa fadiga são os resultados principais de dez anos de políticas que cultivaram o medo, uma das consequências mais visíveis dos atentados de 11 de Setembro na sociedade americana.
Visto como maior preocupação de quase metade dos americanos após os atentados, em 2001, o risco de um ataque terrorista não é prioridade hoje nem para 1% deles, indicam pesquisas.
Mas, embora o movimento seja natural, dado o distanciamento histórico e a ascensão de problemas mais urgentes como a crise econômica, ele abriu cicatrizes resistentes: 36% temem ser vítimas de um futuro ataque.
Para especialistas, esse clima de medo constante, mesmo subjacente, pode ser lido como trunfo do terrorismo.
"Os americanos se tornaram mais passivos por conta de promessas irrealistas do governo", disse à Folha Brian Michael Jensen, historiador e veterano do Vietnã, que serviu no governo Bill Clinton (1993-2001) e que hoje atua na consultoria de segurança Rand. "Tentamos abolir o risco de nossa sociedade por completo", diz o especialista, que costuma ser consultado pelo Congresso americano. "Isso é impossível."
Do final de 2001 a 2006 -quando foi desmantelado um plano envolvendo aviões vindos de Londres pros EUA-, os americanos viveram mergulhados em um estado constante de alerta.
Nos três primeiros anos, notícias de que um novo plano havia sido desmantelado pelo governo inundavam a

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