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Estima-se a entrada de 600 mil turistas em todo Brasil, no período da realização dos jogos; o aumento de consumo de diversos bens (dentre eles os aparelhos de TV e os telões) e a expansão de diferentes serviços
Eventos esportivos mundiais como a copa têm um simbolismo forte no mundo em que vivemos – eles celebram a diversidade, promovem intercâmbio cultural e convidam ao congraçamento dos povos através de competições desportivas. Somos levados, então, a refletir sobre a questão da diversidade. A presença de turistas de todos os cantos do mundo nos coloca diante de um cenário onde as pessoas podem nos parecer estranhas por apresentar maneiras diferentes de se comportar, de expressar as emoções, desejos e preferências. O contato com o outro – o estrangeiro – nos desafia a refletir sobre quem somos, como somos vistos, quem eles são, como os vemos e, ainda, como vemos cada grupo que faz parte do que chamamos povo brasileiro. A proximidade temporal do campeonato com as comemorações do bicentenário da Independência do Brasil, que será em 2022, reforça a necessidade de pensarmos como vemos a nossa especificidade no mundo e pensarmos a respeito de algumas perspectivas para o Brasil. É preciso refletir sobre a noção de identidade nacional, a pressão exercida pelos processos de globalização sobre ela, os diferentes conflitos decorrentes dos mecanismos de classificação social, finalizando com uma reflexão sobre a possibilidade de garantir a diversidade juntamente com a igualdade. Em seguida, trataremos do futebol – em particular, da copa do mundo – como um importante elemento de construção da identidade nacional brasileira. Em nossas considerações finais, propomos uma reflexão sobre os desafios que o tema da diversidade cultural coloca no contexto da copa do mundo e no contexto mais amplo da sociedade brasileira. Eventos esportivos mundiais como a copa têm um simbolismo forte no mundo em que vivemos – eles celebram a diversidade, promovem intercâmbio