Pedagogia

3828 palavras 16 páginas
Rousseau e o indivíduo feliz Esse quadro geral encontra-se presente em quase todos os pensadores modernos. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), descreve a situação do homem diante desse projeto, apontando as causas da infelicidade: ...o homem só tem aqueles males que a si mesmo se infligiu e que a natureza está justificada. Não foi sem esforço que conseguimos nos tornar tão infelizes.(...) Os homens são maus – uma experiência triste e contínua dispensa provas; no entanto, o homem é naturalmente bom- creio tê-lo demonstrado; o que, pois, poderá tê-lo depravado a esse ponto senão as mudanças sobrevindas em sua constituição, os progressos que fez e os conhecimentos que adquiriu? Por mais que se admire a sociedade humana, não será menos verdadeiro que ela necessariamente leva os homens a se odiarem entre si à medida que seus interesses se cruzam, a aparentemente se prestarem serviços e a realmente se causarem todos os males imagináveis. (1978, p. 291). Para Rousseau, essa situação infeliz e deplorável em que se encontra o homem é conseqüência do seu afastamento da natureza, o que pode ser caracterizado como alienação. É possível reencontrar a felicidade? Essa possibilidade é apresentada em três diferentes modos, na medida em que são construídos a fundamentação do saber humano e o processo educativo como procedimentos filosóficos de conhecimento da verdade. O processo de retorno à natureza é centrado no sujeito, no indivíduo, como elemento articulador de sentido, e indica as condições em que é possível a sociabilidade sem negar o estado natural original. O fato de tomar o indivíduo como lugar central na história, mesmo que essa história não possua um fim, é o fio condutor da teoria rousseauniana. Parte do princípio de que todos os indivíduos possuem a mesma natureza e são, portanto, iguais nessa condição: “o homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros”. A liberdade natural dos indivíduos é a condição de legitimidade da sociedade ou esta se torna lugar de

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