Oralismo
O oralismo percebe a surdez como uma deficiência que deve ser minimizada pela estimulação auditiva. Essa estimulação possibilita a aprendizagem da língua oral, proporcionando a integração do surdo na comunidade ouvinte.
Pelo fato da Língua de Sinais ser mais fácil, o oralismo não faz uso da mesma, pois acredita-se que sem a linguagem oral o surdo fica restrito à sua própria comunidade, não tendo assim a possibilidade de comunicar-se com a sociedade em geral.
Estima-se que mais de 95% dos surdos são filhos de pais ouvintes que não conhecem a Língua de Sinais. Com isso, as crianças apresentam isolamento psicológico e prejuízo no desenvolvimento linguístico, cognitivo e social, com consequências negativas no acesso à informação.
Durante todo o tratamento a participação familiar é de fundamental importância, pois é a família que irá fornecer as reais estimulações de linguagem, já que a mesma convive com o surdo a maior parte do tempo, conhecendo assim a vivência da criança, podendo então contextualizar o discurso.
O aprendizado da língua oral pelo surdo é difícil e o processo é muito longo, podendo durar de 8 a 12 anos, dependendo de inúmeros fatores, como a época da perda auditiva, o grau da perda, a participação da família, entre outros.
O surdo (portador de surdez severa e/ou profunda) não tem condições de adquirir a língua oral naturalmente. Ele necessita sempre de terapia fonoaudiológica que possa oferecer estimulação sistematizada da língua oral. A criança, a família e os profissionais envolvidos devem se esforçar bastante para obtenção do sucesso desejado.
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