Não veras pais nenhum

665 palavras 3 páginas
NÃO VERÁS PAÍS NENHUM.

“Não verás país nenhum” é o quarto romance de Ignácio Loyola Brandão. No Brasil, foi editado em 1981, e obteve o prêmio Illa como o melhor livro latino-americano publicado na Itália em 1983.
O romance conta a história de Souza, um ex-professor universitário que foi afastado da universidade e vira um funcionário de escritório. Seu trabalho consiste em verificar números em extensas folhas de papel, para identificar possíveis erros do computador. Nem ele, nem seus colegas de trabalho nunca encontram erros, mas essa é a rotina “produtiva” do personagem.
Adelaide, sua mulher, mantém com ele um casamento tranquilo. Eles têm um sobrinho que se tornou um membro da elite do governo. O romance é pontuado de nomes como “civiltares”, nomes que soam estranhos e ao mesmo tempo familiares, além das denominações de épocas, como a “Era da Grande Locupletação” e “os Abertos Oitenta”. Essas informações vão, ao longo do romance, se encadeando para dar fundamento à época em que Souza vive, que, por acaso, é a nossa, poucos anos depois dos 2000.
O livro trata da perda da soberania nacional, porque o país foi “arrendado” a um governo mundial, exceto São Paulo, que passa a ser o Brasil. O esgotamento dos recursos naturais faz com que as pessoas tenham medo das ruas, quentes demais, sem chuvas, com uma neblina de mormaço baixa. É esse esgotamento que traz uma nova forma de viver, com comidas sintéticas (factícias), perfumes falsos da natureza que podem ser comprados às segundas-feiras, dia de consumo compulsório para a injeção de recursos na economia, cotas de água e fichas de circulação pela cidade – cada cidadão só tem direito a circular por determinadas áreas.
Uma das catástrofes narradas pelo livro foi o dia em que São Paulo parou. Todos os automóveis ficaram presos num imenso congestionamento e viraram pilhas de sucata. Outra catástrofe é a situação de saúde da população: há os carecas, com a cabeça escamando, os sem orelha, os de olhos pendurados

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