Novos Movimentos Sociais

Novos movimentos sociais: Negro, LGBT e Ambientalista

A construção da cidadania moderna pressupõe igualdade, porém sabemos que ainda existe diferença por etnia, religião ou orientação sexual, dentre outras. Em termos de cidadania, quando falamos em novos movimentos sociais, o adjetivo novos se refere a uma criação recente, mas que não necessariamente lutam por novos direitos, pois podem fazê-lo ou lutar por direitos já existentes. Dois exemplos de criação de novos direitos foi a licença-maternidade, por meio da luta do movimento feminista e o sistema de cotas na universidade, conquistado pelo movimento negro. O movimento negro teve início durante o período da escravidão com os líderes abolicionistas José do Patrocínio e André Rebouças. Com a abolição, lutaram pela integração do trabalhador negro à sociedade do trabalho livre e recusaram a eminência da Princesa Isabel na abolição, buscando o reconhecimento da conquista pelo movimento abolicionista dos negros. Nesse período, o mercado de trabalho brasileiro recebeu imigrantes e os negros tiveram que disputar vagas e ocupar somente aquelas que já ocupavam quando escravos, uma vez que eram impedidos de participar das novas formas de trabalho. Um exemplo importante foi o cinema no início do século XX, quando atores brancos pintavam os rostos com tinta preta no caso de uma personagem negra. Eram os chamados “blackface”. Nesse contexto, o movimento operário apoiou a luta negra e em 1931 criou-se a Frente Negra, que terminou em 1937 com o golpe do Estado Novo. Em 1944, apesar da ditadura de Getúlio Vargas, criaram o Teatro Experimental Negro como refuta à prática dos blackface muito presente até então. A partir de 1970, a questão do negro foi relacionada à desigualdade das relações sociais em geral. Desse modo, a tendência socialista da época surgiu na questão negra em defesa da luta e cultura do negro no Brasil, influenciado pelo movimento negro dos EUA. Em 1978, fundaram dois movimentos negros (MNUCDR e MNU) que