novos movimentos sociais

Os NMS (Novos Movimentos Sociais) não constituem uma teoria homogênea, um bloco referencial teórico uno, havendo correntes diferenciadas tais como: Corrente Francesa- com os estudos de Alain Touraine e seu grupo de pesquisa; a Italiana, liderada por Alberto Melucci e a Alemã, na qual se destaca o trabalho de Claus Offe. A seleção destes autores deve-se ao fato da dedicação de maior parte de seus estudos a temática dos Movimentos sociais ou, por terem tido uma produção teórica de impactante papel no estudo dos movimentos sociais. Reconhece-se também a importância e a contribuição de outros autores, bem como a existência de outras correntes nacionais européias, adeptas ou simpatizantes dos NMS.
A corrente francesa – Alain Touraine é um dos pesquisadores que há mais tempo trabalham com o tema dos movimentos sociais na Europa. A sua abordagem estrutura-se a partir do que se convencionou denominar um paradigma acionalista, sendo elaborada em seus primeiros estudos, uma teoria das condutas e comportamentos sociais. Nos anos 60, Touraine parte da noção de projeto para criar uma teoria sobre os movimentos sociais, nesta época estudava o comportamento da classe trabalhadora, o grande tema que ocupava as atenções dos sociólogos em geral.
O movimento social apresenta-se na abordagem acionalista como a ação de um grupo, um ator coletivo. Para tal é necessário que ele “se defina por sua situação nas relações sociais de produção, isto é, que situe suas reivindicações e sua oposição a um grupo adversário no interior dos problemas da sociedade industrial”. Ainda nos anos 60 Touraine afirmava que só existe movimento social se houver a combinação de três dimensões essenciais: classe, nação e modernização. Estas três dimensões da chamada ação coletiva abrangiam movimentos de naturezas diferenciadas, os quais ele denominava movimentos políticos. Enquanto as sociedades dominantes ganham importância os movimentos sociais contestatórios, em nome dos direitos do trabalho, nas