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Fabricantes de fertilizantes exploram excessivamente sua água
O Mar Morto está encolhendo a uma taxa recorde, e isto tem levado a protestos para que Israel e Jordânia parem de utilizar tanto sua água, cujas propriedades restauradoras têm atraído visitantes desde os tempos bíblicos.
O lago salgado que faz fronteira com os países caiu um recorde de 1.5 metro, por causa da indústria e da evaporação, segundo o Serviço Hidrológico de Israel. É o maior declínio desde que os dados começaram a ser registrados, nos anos 1950. Metade da queda foi causada pelas empresas Israel Chemicals e pela Arab Potash, da Jordânia, disse Gidon Bromberg, diretor israelense da Friends of the Earth Middle East.
Cerca de um terço da área de superficie natural do mar morto desapareceu e os buracos de escoamento são cada vez mais comuns, com a seca e o desvio de água para agricultura e a indústria, principalmente a do rio Jordão.
“Isto é inaceitável e denuncia a urgência da necessidade de forçar a indústria a mudar seus processos de extração”, disse Bromberg.
Os fabricantes de potassa, matéria-prima para fertilizantes, competem com uma indústria de turismo de séculos, no mais lotado destino de turismo de israelenses, que teve 875.000 visitantes no ano passado – mais gente do que nos pólos de turismo de Tel Aviv e Eilat, disse o ministério do turismo de Israel.
Não é apenas o bombeamento de água pela indústria que esta causando a degradação do Mar Morto, um refúgio bíblico do rei Davi. A agricultura desvia do rio Jordão água para irrigação, piorando uma situação que criou na costa escoadouros potencialmente perigosos para a vida humana.
Na costa norte do mar, de 75 km há 50 anos, e de 55 km hoje, de acordo com o grupo ambiental, spas oferecem os benefícios para a saúde de banhos de lama e de fontes minerais. As águas, ali, tem salinidade dez vezes maior que a do oceano.
A Dead Sea Works, de propriedade da Israel Chemicals, desmentiu qualquer aumento do bombeamento, dizendo estar usando