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5845 palavras 24 páginas
História

Estevão de Rezende Martins
Universidade de Brasília
1. Cultura, ciência, teoria e filosofia

O séc. XX consagrou quatro abordagens da idéia de história. Essas abordagens lidam com duas acepções básicas de história. A primeira, e elementar, que se relaciona primariamente com o aspecto cultural e com a reflexão filosófica, considera a história como o processo temporal interpretado e vivenciado pelo homem — pelo agente racional humano — no presente, como sentido de que tem consciência. A segunda, construída pelas opções do método de investigação, é o fundamento da ciência histórica e de epistemologia, e toma a história como a reconstrução do passado humano, individual, grupal ou social, mediante procedimentos previamente convencionados de controle das fontes, se forma a que se elaborem interpretações explicativas fundamentadas do estado de coisas presente. A explicação fundamentada se estrutura em argumentos, expressos em formato narrativo. O estado de coisas presente é relativo ao tempo respectivamente elegido e delimitado como objeto de exame.

O termo "história", na língua portuguesa — como nas neolatinas, de modo geral — remete a três sentidos distintos, articulados com as abordagens mencionadas. O primeiro, e mais generalizado, refere-se ao conjunto das ações humanas no tempo, cuja efetuação se deve a razões e a decisões. Esse conjunto é habitualmente chamado de história, na linguagem comum e na especializada. O segundo sentido diz respeito ao procedimento formal de constituição do conhecimento científico relativo a partes desse conjunto. Também aqui se usa o termo "história", embora se tenha registrado mais recentemente o uso crescente das expressões "ciência histórica" e "história como ciência". Trata-se aqui de um esforço metódico de distinguir o caráter científico (controlável) do conhecimento obtido por procedimentos metódicos de investigação da acepção de senso comum. O terceiro sentido do uso do termo "história" tem a ver com o acervo

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