Niels Bohr

Niels Bohr
O que hoje conhecemos como “teoria atômica” não era reconhecida como um campo de pesquisa. Quando Thomson publicou suas idéias sobre modelo atômico em 1904 na Fortschritte der Physik , o artigo foi publicado na seção físico-química e os trabalhos de Rutherford como radioatividade. Antes de Thomson, Rutherford, Bohr e outros cientistas que se ocuparam em compreender algo que não podia se detectado pelos 5 sentidos. Não existia ainda uma área chamada “física atômica”.

Uma das principais contribuições de Bohr foi o desenvolvimento de seu modelo atômico a partir dos estudos de Rutherford, segundo os quais o átomo seria constituído de um núcleo muito pequeno, em volta do qual gravitam os elétrons. As ideias de Bohr unificavam a teoria atômica de Rutherford e a teoria da mecânica quântica de Max Planck. O que gerou um debate entre racionalismo e empirismo, já que a “física atômica” seria baseada em fatos "não observáveis" muito diferente da objetividade e determinismo da física clássica. Bohr enunciou o princípio da complementaridade, segundo o qual um fenômeno físico deve ser observado a partir de dois pontos de vista diferentes e não excludentes. Observou que existiam paradoxos onde poderia haver o comportamento de onda e de partícula dos elétrons.

A teoria atômica de Bohr, pela qual recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1922 teve não só uma importância histórica, mas também didática. Mesmo sendo insatisfatória para explicar o espectro de alguns elementos além do hidrogênio, ainda hoje ela é utilizada pois seu modelo auxilia a compreensão de conceitos atuais da estrutura do átomo. Além de ser conhecido como um importante cientista do século XX, Bohr deixou sua marca como pacifista, líder ético e mentor de várias gerações de cientistas. Tentou evitar a construção da bomba atômica Bohr, compreendendo a gravidade da situação e o perigo que essa bomba poderia representar para a humanidade. Bohr liderava sua campanha para impedir a “corrida nuclear” da