MORIN

MORIN, Edgar. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 19ª ed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. O autor Edgar Morin afirma que durante dez anos desenvolveu uma linha de ideias que conduziu a este livro, convencido da necessidade da reforma do pensamento, portanto, da reforma do ensino, aproveitou as oportunidades que teve para refletir sobre assunto.
No capitulo 1, denominado de “Os desafios” o autor Edgar Morin comenta que há uma inadequação, que se torna “cada vez mais ampla, profunda e grave entre os saberes separados, fragmentados, compartimentados entre disciplinas”, então, ele considera que o saber esta ligada a várias áreas de conhecimento, que não esta especificada só em uma. Ele põe em questão a hiperespecialização “que impede de ver o global, bem como o essencial”, ou seja, que produz um conhecimento que se fecha a si e que seja incapaz de gerar uma visão global da realidade. Com a divisão das disciplinas se torna difícil ter o entendimento de “o que é tecido junto”, isto é, o complexo. Considera ainda que “o desafio da globalidade é também um desafio de complexidade”, ou seja, que estão ligados. “A inteligência que só sabe separar fragmenta o complexo do mundo em pedaços separados, fraciona os problemas”, ou seja, que a inteligência é incapaz de entender o contexto dos problemas ao tentar diminui-los.
Morin cita desafios de organização dos saberes, o desafio cultural, o desafio sociológico, o desafio cívico. O desafio cultural é a separação da cultura das humanidades da cultura científica. O desafio sociológico área submetida aos desafios que se alarga com o crescimento cognitivo de atividades. O desafio cívico em que “o enfraquecimento de uma percepção global leva ao enfraquecimento do senso de responsabilidade”. E por último com o desafio dos desafios temos um problema crucial da necessidade de destaca-los interdependentes. Então a inteligência consistiria da reforma do pensamento dando respostas a esses desafios.