Mestre
AS TECNOLOGIAS SOCIAIS COMO
ESTRATÉGIA DE CONVIVÊNCIA COM
A ESCASSEZ DE ÁGUA NO
SEMIÁRIDO CEARENSE
Anna Erika Ferreira Lima
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – campus Avançado de Baturité annaerika@ifce.edu.br Danielle Rodrigues da Silva
Universidade Federal do Ceará – Departamento de
Geografia – campus do Pici danigeoufc@yahoo.com.br José Levi Furtado Sampaio
Universidade Federal do Ceará – Departamento de
Geografia – campus do Pici joselevi@uol.com.br RESUMO
A escassez de água é resultante de um conjunto de fatores de cunho geográfico, político, ambiental e econômico associado às formas desiguais de apropriação e uso dos recursos hídricos. Embora atinja parcelas significativas da população em geral, é no meio rural que se verificam condições mais problemáticas de acesso à água, dificultando o atendimento às demandas primordiais. O problema da escassez de água não se restringe apenas à quantidade, mas também à qualidade, à distribuição, acesso e uso; portanto é mais complexo. Esta complexidade propicia o desenvolvimento de ações por diferentes sujeitos que compõem o espaço, dos quais destacamos dois: o Estado e as Comunidades Rurais. Neste contexto, como as comunidades rurais, têm se organizado para conviver com os limites naturais, sociais e econômicos, impostos na atualidade, de modo a garantir o abastecimento de água para as atividades locais e necessidades humanas? Na perspectiva de compreender o assunto, objetivouse com este artigo analisar as estratégias de armazenamento de água no semiárido cearense.
Inseridos em uma região envolta por um
‘emaranhado’ de relações políticas, econômicas, sociais e geográficas, restritas, o camponês necessita reinventar e disseminar estratégias de armazenamento de água para garantir a satisfação de suas necessidades. A água de chuva é elemento fundamental na