Mercado imobiliario

Ultimamente tem se falado muito na possível desaceleração do mercado imobiliário, ou que seja o tal famoso efeito “bolha”. Dentre as minhas análises prefiro acreditar que estamos numa fase de um amadurecimento do setor, processo este que se faria necessário visto o grande “boom” imobiliário dos últimos anos. Esta desaceleração, segundo os economistas, nos leva de volta ao patamar de 2010, que já era um patamar de crescimento; e não se fala em demissões no setor, muito pelo contrário. As construtoras têm optado por entregar o que já tem em andamento, a abrir novos negócios, como se num processo realmente de amadurecimento. Segundo o Sinduscon, o setor ainda deve crescer este ano 3,5% sobre 2012, que por sua vez cresceu 4% sobre 2011.
Em 2008 o mercado andava carente de empreendimentos que atendessem ao comportamento da população, sem falar no enorme déficit habitacional que vínhamos acumulando. Com a grande oferta de crédito e com a estabilização da economia, tudo isso muito incentivado pelo Governo, o que aumentou o poder de compra da população em geral, ocasionou toda esta especulação imobiliária.
Em alguns casos, empreendimentos eram lançados e em menos de um dia já estavam totalmente vendidos. As construtoras passaram a estudar o comportamento das pessoas, e oferecer produtos com serviços adequados aos perfis dos compradores. Passaram a investir em estratégias de marketing e juntamente com a oferta de crédito conseguiram mostrar que é possível a compra da casa própria, mesmo que financiado a perder de vista.
Com o estudo do comportamento das pessoas, foi possível identificar que hoje quem mora em São Paulo está disposto a pagar mais para ter um pouco do que se chama de ‘qualidade de vida’ e morar o quanto mais próximo for do seu trabalho, ou dos centros de lazer e comércio de suas preferências. Por conta da grande sensação de insegurança da cidade (que não é apenas sensação) passou a se vender mais produtos do tipo condomínio clube, passou a ser necessidade