Max Weber e a burocracia

Max Weber, sociólogo alemão, formulou em suas obras o seu emblemático conceito sobre o que seria a dominação através da burocracia do Estado. Weber costumava basear suas teses observando, formal e racionalmente, as estruturas da sociedade. Dessa forma, o sociólogo observou empiricamente uma transformação na sociedade relacionada ao surgimento da ideologia capitalista. Além da situação econômica, Weber procurou centrar sua análise no plano ideológico, ou seja, no plano das crenças e dos valores que permitam a transformação. Weber tem como base de sua tese os tipos de sociedade. Segundo o sociólogo alemão, a sociedade se divide em três tipos. Existe a sociedade tradicional, onde predominam características patriarcais e patrimoniais. Há a sociedade carismática, onde se destacam atributos quase míticos, arbitrárias e personalísticas, como nos grupos revolucionários, partidos políticos e nações em revolução. E a que possui maior importância, não só na obra de Weber, mas no próprio mundo pós-moderno: a sociedade legal, racional ou burocrática. Essa espécie de sociedade predominam as normas impessoais e a racionalidade na escolha dos meios e dos fins. Esse é o tipo é dominante nos Estados modernos democráticos e nas grandes empresas. A dominação que se vê nesse modelo de sociedade é chamada de dominação legal. Weber entendia a dominação legal como uma relação desprovida de sentimentos, isto é, baseia-se somente na submissão do indivíduo e na hierarquia da instituição. Essa ideia tem como base a existência de um regulamento que pode criar e modificar regras, enquanto a sua forma (processo) seja estabelecido previamente. Segundo Weber, o dever da obediência fica visível em uma hierarquia de ofícios, com a subordinação dos inferiores aos superiores, onde aquele que dá as ordens é o superior. Também quem ordena, geralmente, obedece a uma norma superior. Esse tipo de dominação é sustentado por regras, regulamentos e leis. Do ponto de vista empírico, pode-se ver a