Mary and Max resenha
Mary and Max é basicamente um filme sobre a amizade entre uma menina australiana de 8 anos e um novaiorquino de 44. Uma controversa e inusitada história de amizade entre pessoas muito diferentes. Talvez de improvável conexão. Consolida-se em 20 anos de cartas que atravessam mares, cheias de questões existenciais. E muitos doces.
Tudo começa nos anos 70, quando Mary, cansada de ser ignorada, encontra aleatoriamente em um catálogo telefônico o endereço de Max. Resolve que será ele a pessoa a quem irá confiar segredos e dúvidas.
Mary é extremamente solitária. Seus pais não lhe dão mínima atenção. Sua mãe é alcoólatra e cleptomaníaca e seu pai é ausente, se tranca para empalhar animais e beber. A garota assiste ao seu desenho favorito: Os Noblets. Cria seus próprios brinquedos com sucata. E conversa com seu galo de estimação, Ethel. Uma mancha de nascença na testa é motivo para ser zoada por outras crianças na escola. Gostaria de ter amigos e que seus pais lhe dessem mais atenção.
Max tem 44 anos, vive solitariamente em NY, tem um transtorno psíquico e não consegue se adaptar à convivência social. Come sem parar pra afugentar sua solidão. Tem um periquito, Mr. Cookie; um gato, Hal; alguns peixinhos dourados e um amigo imaginário, o Ravióli.
Em comum, a preferência pelo mesmo desenho animado, o vício em chocolate e a solidão. E ainda ambos são cheios de pensamentos filosóficos. Quer amizade mais diferente do que essa?
Tudo se desenvolve quando Max recebe a primeira carta da pequena Mary e decide responder as perguntas impertinentes da menina, do tipo: “De onde vêm os bebês?”.
Pensando bem, a animação trata de temas pesados e delicadíssimos: solidão, depressão, sexualidade, demência, suicídio, desemprego, obesidade, alcoolismo. Também estão presente nessa história aparentemente