Ma estrutura perversa

André Gide uma estrutura perversa

A obra que se trata é o retrato do autor. Referimos ao escrito a Gide como “um ensaio dos mais completos que um homem já tentou para se compreender e se explicar”.

Constelação familiar
Sua mãe Juliette foi um exemplo de mulher virtuosa. Seu pai Paul Gide, André herda o gosto por letras, o pai e lembrado por sua doçura, disponibilidade para brincadeiras e alegria que se contrapões a rigidez da mãe. Gide narra que quando não tinha muito trabalho seu pai dizia “meu pequeno amigo venha passear comigo” ele adorava sair com o pai, o qual perdeu aos 11 anos.
Para Lacan a mãe de Gide é uma mocinha tão pouco receptiva aos pretendentes quanto às gentilezas. A mãe de Gide era uma mãe a qual o dever ocupava o lugar vazio do desejo.
A primeira infância e a debilidade: disfunção entre amor e gozo Na relação primaria de Gide com sua mãe, o que se aprendeu foi algo de abissal. O retrato de sua primeira infância é de uma criança desgraçada, da miséria humanizada do qual sobressai à maldade, a imbecibilidade e a masturbação frenética. Gide não era psicótico, sua mãe dava muito valor à lei tornando se autoridade própria ao Nome do Pai. Após a morte do pai Gide diz que sente derrepente totalmente envolto nesse amor que desde então se fecharia. Amor mortífero que não lhe permite negar a castração materna, assim constrói objeto de fetiche que cumpre função de desmentir a castração. Com a morte do pai a mãe tranca e proíbe a entrada do filho na biblioteca e encerra dessa forma a presença paterna. Gide não é uma criança desejada, já que para sua mãe o desejo correlato ao falo esta excluído do amor e esta ligada ao dever. A masturbação a céu aberto, sem culpa e por isso frenética indica um órgão não inserido na norma fálica. Segundo Lacan a perversão de Gide esta também na forma com que ele, adulto, ri dos pesadelos que relata ate a vida adulta. Sua primeira infância e marcada por cenas de “estremecimentos” como o frio da morte que surge