Limites e contestações da dominação da igreja

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Limites e contestações da dominação da igreja

Na medida em que a igreja se transforma em uma instituição preocupada em fixar sua doutrina, serão as contestações que a igreja vai sofrer que contribuirão para estabelecer o seu poder de dominação. O papel da heresia vai ser de: definir os dogmas que baseavam sua organização e seu domínio sobre a sociedade. Tanto que a heresia não existe em si e nada mais é do que aquilo que a autoridade eclesiástica definiu como tal Ao longo do texto o autor vai apresentar alguns exemplos de contestações, para ilustrar que tudo que fosse contrário aos ideais da igreja eram taxado de herético e encaixado na lista que Agostinho formou com 88 heresias. As manifestações heréticas eram, segundo o autor, uma tentativa de retorno ao cristianismo primitivo sem a mediação dos clérigos e é justamente quando se radicaliza esta crítica que a igreja vai acirrar o seu combate. Para Baschet o questionamento dessas correntes heréticas é um questionamento social e religioso que atinge sua intensidade máxima em 1140 e 1250. A igreja vai reafirmar a autoridade e o privilégio dos clérigos e qualquer dissidência será qualificada de herética. A igreja também vai se preocupar com as práticas julgadas “inconvenientes ou desviantes”. O autor aponta um problema para qualificar essas práticas “religião popular”, “cultura folclórica” ou “superstições” acaba optando por esta última, pois segundo a igreja significa fenômenos que se convém expurgar e uma condenação. Ele considera o século XII como de interações permitindo que numerosas concepções folclóricas aflorassem até mesmo nos textos clericais, já no século XIII com o estabelecimento de novos instrumentos de controle, as superstições serão combatidas. A igreja vai regulamentar a fronteira da desordem com a ordem normal, exemplo claro disso vai ser o carnaval que vai acentuar a quaresma e a festa dos loucos que vai contribuir para liberar tensões. Mikhail Bakhtin vai defender a existência de uma cultura

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