Licenciado
A frase de Brecht reflete bem as aspirações do PET-Geografia sobre a Semana do Geógrafo 2012, realizada também com a participação do DACG (Diretório Acadêmico do Curso de Geografia). O meio do ano chegara batido, sem que tivéssemos construído os espaços de reflexão coletiva e articulação no Curso de Geografia. Com isso, acabamos nos reduzindo às aulas rotineiras e o “diálogo” entre alunos e professores, como se tudo na universidade se resumisse à obtenção de nossos diplomas. Não deveríamos deixar que esse alheamento se naturalizasse. Queríamos alterar esta lógica, este era nosso objetivo. Juntando a isso uma inesperada, porém bem recebida notícia de greve docente, nos colocamos a repensar o caráter da Semana do Geógrafo. Chegamos a duvidar da capacidade de aglutinação do evento durante a paralisação das aulas, receando não ser possível concretizar nosso objetivo de reavivar os debates na Geografia com o devido alcance. Contudo, depois de realizada, constatamos que a integração da nossa Semana às atividades da greve docente e discente foi uma aposta vitoriosa.
Contamos com a participação de 152 pessoas e com 16 pesquisas e experiências inscritas na sessão de Apresentação de Trabalhos (incluindo estudantes da FFP-UERJ). Ampliamos, mesmo num momento de greve, a abrangência do evento, que no ano passado contou com um público aproximado de 120 pessoas. Conseguimos mobilizar calouros, pós-graduandos, estudantes do final da graduação, de outros cursos e municípios (UERJ-FFP) e UFF/Santo Antonio de Pádua) para discutir questões urgentes e relevantes. Nosso primeira intenção era discutir o porquê da greve, nos conscientizando dos sérios problemas do ensino universitário público. A legitimação do movimento grevista da UFF é algo de extrema importância para a Semana do Geógrafo. No começo da tarde