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PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS1

Henrique da Silva Soares2

Resumo
No âmbito da pesquisa em torno das perseguições aos cristãos em Roma nos primeiros séculos, busca-se, neste texto, analisar os motivos que influenciaram a difamação ao culto cristão por parte população. Evidenciando a causa da perseguição pelos imperadores romanos contra o movimento cristão.

Palavras-Chave: Perseguição aos cristãos. Culto ao Imperador. Roma.

Introdução

As perseguições aos cristãos é uma das séries de acontecimentos que permitem contrapor determinados paradigmas à índole tolerante da cultura religiosa da sociedade romana, com a intolerância religiosa que se impôs mais forte contra as comunidades de cristãos dos quatro primeiros séculos.
Analisando as políticas básicas de Roma, as autoridades imperiais eram bastante tolerantes em relação às religiões professadas nas terras invadidas pelas legiões romanas, com uma condição, se os adeptos das religiões das nações conquistadas prestassem homenagem ao imperador em suas cerimônias, Roma quase nunca interferia.
Era obrigatoriedade queimar incenso ao imperador. Mas os judeus, com sua fanática lealdade a seu único e verdadeiro deus, e sua disposição para transformar sua terra natal num deserto sangrento antes de aceitar qualquer outra deidade, eram exceção.
Como as autoridades romanas consideravam os cristãos mais uma seita dos judeus, os seguidores de Jesus apreciaram essa imunidade em relação à pressão das autoridades romanas. Mas quando os judeus deixaram claro que nada tinham a ver com o novo movimento, a situação se modificou completamente.
Quando os romanos descobriram do que os cristãos eram capazes, estes se viram confrontados com o problema da intolerância de maneira muito mais exasperadora do que com os próprios judeus. Os judeus, afinal de contas, formavam “um tipo de corporação fechada, pessoas separadas das outras pela marca da circuncisão, que viviam e realizavam seu culto separadamente, e não se importavam em