Liberalismo e revoluções

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Após a queda e a conseqüente segunda abdicação de Napoleão, o quadro político da Europa pós-1815 se caracteriza pela restauração, não apenas na França, mas em toda a Europa. Ela se aplica a todos os aspectos da vida social e política, e trata de tomar um sentido oposto ao da Revolução, buscando apagar todos os vestígios desta e objetivando legitimar novamente o poder soberano das monarquias pré-revolução.
Mas esta Restauração de modo algum consegue ser integral. Nem todos os monarcas são restabelecidos a seus tronos. Há uma racionalização ou simplificação no mapa político da Europa, onde os estados são agrupados de modo mais coerente, e os vitoriosos da guerra (Inglaterra, Rússia, Prússia) saem ganhando territorialmente. Existem mudanças também no plano das instituições: o feudalismo e as repúblicas foram sepultados definitivamente pela Revolução. No caso da França, berço da Revolução, Luís XVIII não tinha possibilidades de voltar ao antigo Regime e outorga a Carta Constitucional, uma espécie de constituição, um contrato entre o soberano restaurado e a nação fazendo concessões importantes às aspirações francesas. “Ela prevê instituições representativas, uma Câmara eletiva (trata-se de uma homenagem ao princípio eletivo) associada ao exercício do poder legislativo, que vota o orçamento, em aplicação do princípio da necessidade do consentimento dos representantes da nação ao imposto. Trata-se, de algum modo, vinte e cinco anos depois, da legitimação das pretensões dos Estados Gerais. Enfim, a carta reconhece explicitamente certo número de liberdades que a primeira Revolução havia proclamado: liberdade de opinião, liberdade de culto, liberdade de imprensa, isto é, quase toda essência do programa liberal.”1
Nesse período (1814-1815) a Europa começa a conhecer vários textos constitucionais, quase todos outorgados pelos soberanos. Nos Países Baixos, a lei fundamental divide o poder legislativo entre o soberano e os Estados Gerais. O reino da Noruega recebe uma

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