Levi S.

1953 palavras 8 páginas
Levi Strauss
Totemismo
Lévi-Strauss questiona a própria validade do totemismo como objeto de estudo. Ele diz que o totemismo é uma tentativa de naturalizar os estudos sobre o homem e a sociedade, ou seja, é a tentativa de desvincular da moral a fim de obter uma objetividade. De acordo com Lévi-Strauss, o totemismo sofreu da mesma naturalização da histeria na teoria psicanalítica. Ele define o totemismo como "uma unidade artificial que existe somente no pensamento do antropólogo e à qual nada de específico corresponde na realidade". A relação entre homens e os seres da natureza presente na criação do totemismo são usados para qualificar concretamente classes de parentes. "O mundo animal e o mundo vegetal não são utilizados apenas porque existem, mas porque propõem ao homem um método de pensamento" .
Lévi-Strauss trabalha com o exemplo etnográfico das associações e dos opostos: águia e o corvo das tribos do nordeste americano; e o gavião e a gralha da Austrália. Para pensar formas similares de diferenciação social, os indígenas utilizam pares que estejam ao mesmo tempo em correlação e em oposição, como é o caso de dois pássaros carnívoros, mas um dos quais é predador e outro abutre, ou dois pássaros herbívoros: um diurno, outro noturno. As escolhas totêmicas são utilizadas "não por serem comestíveis ou capazes de satisfazer outras necessidades econômicas ou técnicas, mas porque oferecem um meio sensível de expressar relações entre conceitos. Esse é o ponto central do argumento de Lévi-Strauss. Ele diz que o totem é bom para pensar, ou seja, serve para a elaboração do pensamento.
Assim, para Lévi-Strauss os estudos sobre o totemismo nada mais são do que referências a: "Modos de observação e de conhecimento, cujo papel essencial deve ser reconhecido em todas as formas de civilização nas quais as relações imediatas com a natureza ocupam o primeiro plano".
Toda pesquisa sobre a organização social, a vida religiosa, a atividade ritual e o pensamento mítico

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