Infelicidade no trabalho

Uma pesquisa realizada por uma associação de recursos humanos no país apontou que seis em cada dez trabalhadores estão infelizes no emprego. Em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, a 454 quilômetros da capital, especialistas afirmam: não existe emprego perfeito. Segundo eles, é necessário entender que existem fases boas e ruins em uma empresa, ou trabalho.

O problema acontece quando o período de infelicidade se estender por muito tempo e começar a influenciar a qualidade de vida. A psicóloga rio-pretense Ana Carolina Lopes explica que a situação pode se agravar tanto, a ponto de causar gastrites e dor de cabeça. “Com a falta de motivação, o funcionário não sente vontade de trabalhar, apresentando queda na produtividade. A infelicidade no emprego atinge o ponto fraco de cada pessoa, em algumas causa a gastrite, em outras a insônia ou a excessiva vontade de dormir”, explica.
A jornalista Laís Machado teve sérios problemas de saúde em trabalhar por mais de um ano em assessoria política. “Comecei a ter insônia, desenvolvi gastrite e bruxismo e não tinha mais vontade de trabalhar. A única coisa que me motivava era o dinheiro. Mas a solução que encontrei foi mudar de emprego”, relata.
O estudo mostrou também que entre os funcionários mais insatisfeitos estão aqueles que terminaram a faculdade e que tem até 30 anos. As áreas que apresentam maiores problemas são as administrativas, financeiras ou em empresas privadas, devido aos baixos salários, a falta de perspectiva, o excesso de trabalho e pressão do tempo.
Se algum trabalhado estiver passando por uma situação semelhante a recomendação é ter paciência para ver se a situação não é apenas uma fase ruim. Mas, se o problema persistir, a dica da consultora em recursos humanos Vanessa Cristina Marques é conversar com o chefe. “É preciso observar a política de cada empresa para saber quem procurar. Mas antes de tomar qualquer decisão é preciso fazer uma análise interna, refletir, já que algo externo à empresa