INDIOS AMAZONICOS

2075 palavras 9 páginas
Parintintins Por antever-se possibilidades de explorá-lo, águas acima, até aos seus manadeiras, reencontrando novas drogas do sertão para o comércio internacional, foi o que durante o século XVII lusos e espanhóis porfiaram no estudo geográfico e econômico do antigo “Caiari” dos indígenas – o famoso rio Madeira, grande afluente da margem direita do Rio Amazonas. Se a aventura alucinada, ou o sereno intento de penetração, de descoberta e conquista desse rio é uma das mais belas páginas da história colonial da Amazônia, não é menos belo o papel que lhe coube nos sistemas hidrográficos da Bolívia, do Peru e do Brasil.

Segundo a lenda, ele teria nascido do seio do Madre de Dios e, como ao Beni os espanhóis chamaram “Rio de Los Palos”, a ele os portugueses chamaram rio das madeiras. O fato é que, descendo da altura de 3.500 metros, precisamente do Peru, das Serranias nevadas do “Querus”, o Madre de Dias, com este nome e, a seguir, com o de Pilcomayo, corre até nordeste e dirigiu-se para o sul na confluência com o Monu. Deixando o território peruano e já no da Bolívia, esse imenso e volumoso rio perde o nome, para juntar-se às águas do Beni, rio de calha inferior à sua, com o curso de apenas 1.200 quilômetros, nascido nas nevadas de Chalcatayo. Nós vimo-lo em La Paz, da altura de 3.650 metros, arrastando vida urbana e, dias mais tarde, em Cochabamba, onde tem confluência com o Salto de Itama. Na sua vida urbana ele foi Choqueyapu e Rio de La Paz, encontrando-se, entretanto, com o Mamoré. Perde novamente o nome e a personalidade, levando-nos a pensar que os rios na Amazônia, como os indígenas, obrigatoriamente mudam de nome também, mas estes é claro, segundo certas circunstâncias religiosas e sociais. O Mamoré das contrafortes andinas, da Cordilheira Real, entre La Paz E Cochabamba, O Ruro e Sucre faz parte da nossa divisória com a República da Bolívia. As águas são volumosas pela contribuição modesta de vários rios, nascidos no intervalo de

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