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BIOLOGIA

As cavernas são elementos de um tipo de relevo rochoso denominado carste. Este relevo ocorre em rochas como quartzitos, dolomitos, arenitos e principalmente calcários. A dissolução lenta e contínua destes minerais sob a ação da água forma galerias e condutos de várias formas e tamanhos, constituindo assim as cavernas.

Apesar de aparentemente ser um ambiente inóspito, as cavernas apresenta uma fauna megadiversa e muitos organismos podem ser encontrados apenas nesses ambientes. As cavernas apresentam restrições a algumas formas de vida: a ausência permanente de luz impede o uso da visão e o desenvolvimento de organismos fotossintetizantes, principais produtores dos ecossistemas exteriores. Dessa forma, toda a fonte de recurso na maioria dos sistemas cavernícolas deve vir do meio externo (epígeo). O alimento pode chegar ao meio cavernícola (hipógeo) por pelo menos três vias principais: pela água, através do vento ou carreado por animais.

A distribuição dos organismos nesses ambientes pode ser influenciada por diversos fatores, dentre eles a disponibilidade de recursos alimentares.

De maneira geral, organismos cavernícolas podem ser classificados em três categorias: (a) Troglóxenos que são regularmente encontrados no ambiente subterrâneo (também chamado hipógeo), mas precisam sair da caverna para completar o ciclo vital (ex. morcegos); (b) Troglófilos, podem completar seu ciclo de vida no meio epígeo e/ou hipógeo (ex. aranhas); (c) Troglóbios que se restringem ao ambiente cavernícola e podem apresentar adaptações morfológicas, fisiológicas e comportamentais, que provavelmente evoluíram em resposta às pressões seletivas presentes em cavernas. Nestes organismos há frequentemente redução de estruturas oculares, despigmentação e o alongamento de apêndices sensoriais.

Em cavernas permanentemente secas, o guano (acúmulo de fezes) depositado pelos morcegos no interior das cavernas é a principal fonte de matéria orgânica, influenciando a estrutura