Hormonios da glicemia
A regulação hormonal glicêmica é, fundamentalmente, efetivada por uma classe de hormônios chamados peptídicos, tal como insulina e glucagon, cuja interação específica com receptores em célula-alvo dá-se em nível de membrana plasmática. Assim sendo esses hormônios não penetram nas células. Entretanto, a formação do complexo hormônio-receptor inicia, na membrana, uma sequência de eventos que leva à produção intracelular de um segundo mensageiro químico da ação hormonal que repercute em reações intracelulares chamadas de transdução de sinal.
O segundo mensageiro dos hormônios peptídicos, assim como, catecolaminas, é a adenosina 3’ ,5’-monofosfato, o AMP cíclico (cAMP). A presença de cAMP nas células irá provocar alterações nas atividades de determinadas enzimas e, por consequência, a modificação do metabolismo que constitui a resposta celular ao estímulo hormonal. Esta resposta é temporária, porque o cAMP pode ser hidrolisado a 5’-AMP por uma reação catalisada pela fosfodiesterase, sendo assim a resposta hormonal é dependente das atividades da adenilato ciclase e da fosfodiesterase. Além dos principais hormônios da regulação da glicemia, tem-se outros como, catecolaminas (adrenalina) e cortisol que se tornam os mais importantes em situações de hipoglicemia prolongada, em consequência de deficiência de glucagon. Estes contrapondo a insulina e coadjuvando a ação do glucagon, devido aos efeitos mais importantes que exercem: glicogenólise muscular e hepática; degradação de triacilgliceróis do tecido adiposo, lipólise entre outras.
O processo de regulação hormonal da glicemia dá-se pelo estado nutricional em que o organismo se encontra, dividindo-se em períodos: Absortivo ;pós-absortivo; jejum. * Absortivo – período que se segue à ingestão de alimentos, caracteriza-se pela ocorrência de processo biossintéticos que incluem a recomposição das reservas de