Históra das ideias politicas

HOBBES E A MORAL POLÍTICA Anne-Laure Angoulvent, Editora Papirus 1.996, tradução de Alice Maria Cantuso Thomas Hobbes: filho de pastor, nascido em 1588, aluno brilhante de Oxford, onde aprendeu a dominar o latim e o grego, formou-se físico fez viagens ao continente onde teve contato Dom a intelectualidade da época (ex. Descartes). Exilado na França pela guerra civil que devastou a Inglaterra em 1640, retorna em 1651, mesmo ano em que é publicado o Leviatã. Morre em 1679.

No Leviatã, Hobbes tem como principal objeto de análise o Estado, a pessoa e o sistema de representação que rege suas relações, apresentou importantes argumentos para a unidade do Estado, reforço do poder e para a manutenção da sociedade civil – contrariando e refutando as doutrinas inspiradas em Deus ou no Diabo a desaconselhar tal integração.

O Leviatã de Thomas Hobbes é uma resposta filosófica, jurídica e moral a uma crise histórica e política inserida num contexto de guerras civis européias, em especial na Inglaterra onde diversas dinastias lutam pela legitimidade do poder freqüentemente travestidas de guerras religiosas, impregnando do clima de guerra tanto a vida pública quando privada.

A obra pretende ser uma resposta da civilização do direito à barbarie da horda em pró do objetivo de unificação, pacificação e reintegração da sociedade, para o que teme a dissolução do Estado.
A escolha entre a guerra e a paz suscita um estado de tensão, decorrente:
- dualidade da natureza humana: animal e racional
- homem e seu meio social: homem lobo do homem

Em natureza todos somos marcados pela igualdade, enquanto vulneráveis à violência, e liberdade, no exercício do egoísmo, da vaidade e da ganância, podendo cada homem causar qualquer tipo de males ao outro para a obtenção de sua sobrevivência e satisfação de suas necessidades, dentro os quais a morte, o que contemporaneamente podemos verificar nos casos de: nas sociedades primitivas, na guerra civil e na sociedade