Graduando

ANÁLISE: SOCIEDADE E RELIGIÃO NA CHINA

MAX WEBER UM PERFIL INTELECTUAL

A perspectiva analítica weberiana sobre sociedade e religião na China obedece a recursos metodológicos, fenomenológicos que possibilita ao estudioso alemão (Weber) construir um estudo comparativo entre as estruturas sociais orientais e as ocidentais, ou seja, fazendo uso da fenomenologia como categoria de análise e estudo das sociedades Weber traçou um estudo comparativo sem pretensões de atender estritamente a critérios históricos, como cronologia e duração por exemplo. Em sua analítica sociológica Weber elegeu como critério avaliativo a formação das cidades, seu conteúdo patrimonialista e funcionalista, além da organização da religião chinesa. O processo de formação das cidades da antiga China não se distingue tanto do processo de formação das cidades europeias, obedecendo à necessidade de organização econômica, segurança e administração política, isto é, núcleos de liderança principesca ou aristocratas. Contudo as cidades chinesas não eram portadoras de autonomia e independência política, (não no sentido ocidental atribuídos e exigidos por esses termos) segundo a análise weberiana a autonomia dos povoamentos urbanos chineses reside no aspecto de que cada localidade constitui uma teia de relações dos indivíduos sociais com os seus ancestrais. Cada área estabelecia uma relação de sacralidade com o espaço onde seus antepassados viviam e extraiam desse aspecto racional uma estrutura de parentesco que assegurava uma representação de permanência, funcionando portanto uma argamassa cultural restrita apenas a um determinado grupo. Entretanto essa característica das cidades se estendia a todos os grupos onde se constatava o mesmo “sentimento” e relação face aos antepassados. A prática ritualista no espaço ou na terra ancestral contribuía para formação de um vínculo cultural que funcionava como obstáculo a qualquer aspiração integradora dos