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Técnicas narrativas: o perigo dos conectores
Hoje decidi escrever um pouco sobre os conectores. Creio que todos nós, que lidamos com a escrita, seja lendo ou escrevendo, já ouvimos falar muito deles, mesmo que apenas na época de redações do vestibular. Acontece que, uma das primeiras coisas que nos dizem, é que nas narrativas nós devemos utilizar os conectores, que eles dão unidade ao texto e às frases, que eles são responsáveis pela passagem do tempo e etc...

Eu, porém, tenho um sério problema com conectores. É uma questão bem simples: eu não gosto deles. Os melhores textos são sempre aqueles que não possuem essa conexões artificiais para dar continuidade às frases. Esta é minha opinião pessoal, nem todos precisam concordar, mas realmente me incomoda quando leio um texto em que o tempo inteiro apareça este tipo de conexão. É como se a fluidez da narrativa fosse interrompida, dá um ar de didaticidade muito grande, como se o leitor não pudesse pular etapas lógicas e precisasse o tempo inteiro do autor, que passa a exercer, portanto, um papel de "guia".

Novamente, ressalto que esta é uma opinião pessoal, mas tive vontade de a dividir com os leitores do blog e de mostrar mais concretamente do que estou falando, quem sabe as pessoas passam a concordar comigo. Quem sabe também não coloquem novas questões. Também é necessário lembrar que falo de um tipo específico de "conectores", não de todos; falo daqueles que muitos de nós acabamos utilizando como "apoio", quando deveríamos pensar com mais cuidado nas frases e na relação entre elas.

Vamos a um exemplo simples - talvez ele seja insuficiente, já que posso ter exagerado no número de conectores, mas é só para ilustrar como o corte deles pode tornar o texto muito mais interessante e, na minha opinião, bem escrito.

Valéria estava sozinha em casa, pois sua mãe acabara de sair. Nestes momentos, ela sentia muito medo, como se algo ruim estivesse para acontecer. Desde que tinham se mudado para aquele lugar, era

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