Glomerulonefrite
As glomerulonefrites podem ser primárias ou secundárias, agudas ou crônicas. As primárias se instalam diretamente no glomérulo e, em geral, são causadas por alteração imunológica resultante de infecções por vírus ou bactérias. Conforme os sinais clínicos que apresentem, elas recebem denominações específicas. A mais comum é a nefropatia por IgA, ou doença de Berger, que se caracteriza por presença de sangue na urina, pressão alta e, em alguns casos, edema nas pernas.
As secundárias não se originam primariamente no glomérulo, mas estão associadas a doenças, como hipertensão arterial, diabetes, lúpus eritematoso, hepatites B e C, infecção pelo HIV, ou, ainda, por alguns medicamentos. As causas mais frequentes, porém, são diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica.
As características e a evolução da doença variam muito. Por exemplo, a nefropatia por IgA pode entrar em remissão espontânea e exige apenas que o paciente seja mantido em observação. No entanto, há casos graves em que a evolução da doença renal é rápida, agressiva, e os portadores da enfermidade devem ser encaminhados para diálise ou transplante de rins.
Sintomas
As glomerulonefrites primárias podem ser assintomáticas, o que retarda o diagnóstico e o início do tratamento. Quando aparecem, os sintomas variam muito de um paciente para o outro. Entre eles merecem destaque: pressão alta (hipertensão arterial), edema nos olhos e/ou nas pernas, aumento de peso por causa da retenção de líquidos, perda de sangue (hematúria) e de proteína (proteinúria) pela urina, cansaço, indisposição, fraqueza e anemia.
Nas glomerulonefrites secundárias, urina espumosa (em conseqüência da proteinúria) e edema são os sintomas mais comuns.
Diagnóstico
A avaliação clínica e os exames laboratoriais de urina e de sangue, incluindo a