Gastronomia portuguesa
No início do século XV, com o advento das descobertas marítimas e expansão do seu império ultramarino, os portugueses levaram para a Europa o coentro, a pimenta, o gengibre, o caril, o açafrão, a páprica, o arroz e o chá do Oriente, o café e os amendoins de África e o abacaxi, a pimenta, o tomate e a batata do Novo Mundo e muitos outros produtos exóticos completamente desconhecidos até então.
A gastronomia portuguesa mostra influencias mediterrânicas (incluindo-se na chamada “dieta mediterrânea”) e também atlânticas por possuir uma vasta costa marítima rica em pescas. O pão, o vinho e o azeite constituem a base da gastronomia mediterrânea, além de diversos produtos hortifrutigranjeiros. A carne e as vísceras, principalmente de porco, compõem também um conjunto de pratos e petiscos regionais, onde sobressaem os presuntos e os embutidos.
O pão é, sem dúvida, um dos alimentos base da alimentação portuguesa. Existe em diversas formas ao longo do território português, não se limitando ao pão de trigo, de que o pão alentejano é talvez o mais representativo, existindo também a broa de milho, típica do Norte de Portugal, ainda que apreciada em todo o país, o pão de centeio (por exemplo, da Serra da Estrela), etc. O pão alentejano, geralmente de grandes dimensões (pão de quilo) e com miolo compacto, é pensado para durar mais do que um dia (algumas variedades são ainda mais apreciadas no dia seguinte à cozedura) e é utilizado em diversos pratos como as açordas e as migas à Alentejana.
O azeite é o alimento indicado para a dieta dos portugueses, principalmente utilizado como condimento nas sopas de legumes, nas migas à moda da beira (em que se misturam feijões, couve e pão de milho), no bacalhau assado, onde é acompanhado com bastante alho, etc. Mesmo na doçaria, o azeite também se faz presente, como em alguns bolos, principalmente alentejanos, mas também em diversas "broas de azeite". As batatas cozidas, servidas juntamente com diversos