Forense

A quimiluminescência está contida na reação do luminol (na presença do peróxido de hidrogênio), logo, a reação ocorre já que o enol reage facilmente com o oxigênio que surge com a decomposição natural do H²o² já presente no meio, essa decomposição é catalisada pelo ferro do sangue ou outro catalisador (íons de cobre, ferro e cobalto). Dessa reação surge o ânion 3-aminoftalado(1), um peróxido cíclico muito instável, já que possui muita energia, sendo que ao se degradar libera N²(2) e um fóton de luz na tentativa de se estabilizar. Essa forma menos energética do 3-aminoftalato(3) é menos energética porque grande parte de sua energia sai na forma de radiação luminosa, ou seja, a luz azul.

A luz gerada pela reação dura cerca de segundos e pela grande sensibilidade do luminol, amostras extremamente pequenas de sangue são detectadas por essa luz, todavia, nem toda amostra é sangue já que cobre, ferro e catalisador também são catalisadores dessa reaçãoA eficácia do luminol é tão grande que os locais com manchas de sangue podem ser modificados ou lavados no sentido de encobrir os crimes e, mesmo assim, o produto consegue detectar a presença do sangue sem destruir a cadeia de DNA do indivíduo, ou seja, é ainda possível descobrir de quem pertence a amostra encontrada em até mesmo 6 anos após o crime. Porém, no Brasil, o uso do luminol se torna inviável já que apenas 50 gramas desse custa em torno de R$ 900,00. Além disso, compostos do luminol como a benzidina e o guaiacol são tóxicos e cancerígenos apresentando assim risco de saúde aos profissionais envolvidos na área de anális. É por isso que criou-se uma necessidade de baratear o custo do produto no sentido de torná-lo mais acessível para uso da polícia militar e menos prejudicial à saúde desses profissionais, assim como aumentar a sensibilidade do produto com o objetivo