Filosofia

3484 palavras 14 páginas
A História da violência nas prisões.

BRITES, Isabel, A centralidade de vigiar e punir. História da violência nas prisões, na obra de Michel Foucault. Rev. Lusófona de educação. 10,2007. p. 167-184

No Livro Vigiar e Punir - História da Violência nas Prisões, Michel Foucault (MF), em quatro grandes capítulos (Suplício, Punição, Disciplina, Prisão), dá-nos não só uma perspectiva arqueológica, cronológica, genealógica, antropológica, sociológica, etnológica e histórica da evolução dos castigos, da Idade Média até à Idade Moderna, como, adjacentemente, se interroga e nos interroga sobre a própria modernidade, sobre a questão do poder e sobre a questão do saber. Era o tempo dos suplícios, entendidos, sobretudo como um ritual político, uma função jurídico-política, parte integrante das cerimónias de manifestação do poder. O que estava por detrás não era a economia do exemplo, mas a política do medo. Assim, a execução pública era mais uma manifestação de força do que um ato de justiça, uma afirmação da correlação de forças que dava poder à lei. Essa preocupação, partindo de baixo, gerou movimentos que se propagaram e chamaram a atenção dos reformadores dos séculos XVIII e XIX, levando-os a perceber que as execuções, afinal, e ao contrário do que se pretendia, não assustavam o povo, pelo que um dos seus primeiros atos foi exigir a sua suspensão. Na perspectiva de Michel Foucault (MF), não foi qualquer sentimento de humanidade para com os condenados o fator de maior relevância no abandono da liturgia dos suplícios, mas, isso sim, da parte do poder, um medo político do efeito desses rituais. XIX – foi a época de, nos Estados Unidos e na Europa, se repensar o castigo e tudo o que o envolvia, época de inúmeros projetos de reformas: nova teoria da lei e do crime. Em nenhum dos casos, porém, existia a relação castigo-corpo do tempo dos suplícios. impor penas isentas de dor), ao mesmo tempo que se assiste a um movimento das legislações europeias visando um mesmo objetivo:

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