Fichamento ricardo antunes adeus ao trabalho???
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Capítulo I – Fordismo, toyotismo e acumulação flexível Segundo o autor Ricardo Antunes, no começo da década de 80 ocorreram profundas transformações no mundo do trabalho, na estrutura produtiva, nos sindicatos e política em alguns países de capitalismo avançado e do Terceiro Mundo industrializado. Com grandes saltos tecnológicos, a automação, a robótica e a microeletrônica invadiram o universo fabril mudando as relações de trabalho e produção do capital. O fordismo processo de trabalho que, junto com o taylorismo, predominou na grande indústria capitalista ao longo deste século. O toyotismo processo de “especialização flexível” substitui o fordismo que seria o processo de produção em série e massa, buscando adequar-se a nova lógica de mercado. Com essas formas transitórias de produção, cujos desdobramentos são tão agudos, conseguem atingir diretamente os direitos e conquistas históricas dos trabalhadores onde são substituídos e eliminados do mundo da produção. Discutem alguns autores sobre os diversos modelos de acumulação flexível, onde poucos pregam sobre o avanço dessa acumulação e outros defendem a produção fordista. Como afirma Clarke o fordismo está passando por novas formas de pressões competitivas podendo adotar dimensões flexíveis não sendo superado, passando apenas por crises. Enquanto uns autores acreditam na nova forma produtiva e outros não, Harvey diz que:
“(...) É perigoso fingir que nada mudou, quando os fatos da desindustrialização e da transferência geográfica de fábricas, das práticas mais flexíveis de emprego do trabalho e da flexibilidade dos mercados de trabalho, da automação e da inovação de produtos olham a maioria dos trabalhadores de frente” (Antunes apud Harvey, 178-179). Com a tese desenvolvida por Harvey, a acumulação flexível como sistema de trabalho alternativo pode existir lado a lado a produção em série, que permita os empreendedores capitalistas escolherem entre eles. Como experiência de