Fichamento Cap 5 e 6 Enigmas da Cultura

5. Além da razão e da loucura

Homo consumans
O autor inicia o capítulo afirmando que há algo que vai além da razão e da loucura, que contém as duas associa-se e as ultrapassa. Inicialmente, nos apresenta a ideia de homo consumans que é trabalhada por Georges Bataille. Morin afirma que a noção de despesa, apresentada por Bataille explicaria os exageros dos potlatchs, das festas (arcaicas, camponesas, senhoriais) entre outras várias. Os princípios de despesas e de dom podem parecer irracionais para o homo economicus, mas se torna compreensível ao se observar que não se vive apenas para sobreviver, mas sim para viver plenamente. O que nos aproxima de uma autodestruição que ao mesmo tempo age como algo regenerador.
Homo ludens
O tema homo ludens foi desenvolvido Huizinga, a ideia de jogo é abordada por Caillois e, filosoficamente, explorado por Bataille, Fink, Axelos. Enquanto para os animais, o jogo desaparece quando se tornam adultos, no mundo humano adulto, o jogo permanece e se desenvolve. O autor nos mostra que para Caillois são quatro os tipos de jogos: agôn, ligado a ideia de competição, alea (jogos de azar), mimicry (máscaras e fantasias) e por último ilinx (vertigem).Os jogos estão presente em todas as sociedades,e se mostra bem desenvolvido nos dias de hoje.Morin afirma que o universo lúdico,mesmo trazendo a competição,quando essas estão dentro do jogo,leva os indivíduos ao prazer,a esquecerem as angústias,como se o jogo fosse uma espécie de droga que os leva ao transe e até mesmo ao vício .O autor encerra essa parte afirmando que o jogo :
“Pode comportar riscos, mas são riscos pelo prazer ou pela beleza do jogo. O grande jogo é o da vida, no qual se arrisca tudo para viver intensamente.”
A realidade do imaginário
A ideia de homo sapiens-faber-economicus só nos apresenta um ser ligado ao que é real material, ocultando uma enorme parte que é a do imaginário humano. No mundo arcaico eram comuns os seres sobrenaturais, lendas, milagres, quimeras