Fenomenologia

2230 palavras 9 páginas
DIMENSÕES FUNDAMENTAIS DA EXISTÊNCIA
Filme “A Liberdade é Azul”
Letícia George Camalionte

O homem deve ser compreendido como um ser, um ser que possui uma relação própria com o mundo, consigo mesmo e com os outros. Para que seja possível entender o homem, deve-se observar suas relações e enxergá-lo como único, deve-se olhar o contexto da estrutura da pessoa que se observa. Rollo May, em seu livro A Descoberta do Ser (1983), define ser como “aquilo que permanece”. Ou seja, “É isso que constitui esse complexo infinito de fatores determinantes dentro de uma pessoa a quem as experiências acontecem e que possui um mínimo de liberdade, não importa quanto, para tornar-se consciente de que essas forças estão agindo sobre ela. Essa é a esfera onde ela tem a capacidade potencial de parar para pensar antes de agir, e assim exercer alguma influência sobre o tipo de sua reação”. (Cap. VI - Ser e Não Ser, p. 105).
O filme “A Liberdade é Azul” (1993), do diretor Krzysztof Kieslowski, retrata a história de uma mulher que sofre um acidente de carro e perde seu marido e sua filha. O filme mostra as transformações de comportamento, de maneira de pensar e agir pelas quais a protagonista, Julie, passa. Veremos que algumas cenas do filme podem ser interpretadas pelas dimensões fundamentais da existência, como o ser e não-ser.
O homem é o ser que consegue ser consciente e, portanto, responsável por sua própria existência. O modo próprio do homem estar sendo no mundo é o da abertura, sendo abertura a sensibilidade para algo, a percepção de algo. Existir, quer dizer que o homem compreende aquilo que não é ele mesmo, transcendendo sua própria individualidade.
Vem-se notando, no entanto, que a sociedade ocidental moderna tem tido a necessidade psicológica de evitar e de reprimir todo o interesse em “ser”. De acordo com Rollo May, “essa perda de ser está relacionada à nossa tendência em subordinar a existência a uma função exercida: o homem é reconhecido não como um homem, ou um

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