Estudante

1. O TRANSTORNO ALIMENTAR E SUA HISTÓRIA

Há relatos dos transtornos alimentares desde a grega antiga. Neste tempo o ato de comer em excesso e em seguida vomitar forçadamente tudo que havia sido ingerido era chamado de cinorexia,
Na Idade Média os transtornos alimentares ganham status de busca de santidade, quando as santas se negavam a comer e jejuavam por vários dias seguidos. Elas afirmavam ingerir somente o alimento espiritual, sua fé religiosa era muito grande e diziam que Cristo lhes trazia o alimento, ou mais precisamente sustento físico. Santa Catarina de Sena (1347-1380), padroeira da Itália, fazia longos períodos de jejum. Nestes longos jejuns todas as santas afirmavam que neste período só comiam a hóstia sagrada (ANDRADE, 2011) É sabido que também por influencia religiosa muitas religiões, seitas, cultos, etc determinam a restrição alimentar como meio de elevar o espírito e expansão dos sentidos. Em torno do ano 1700, aquele que tivesse fé teria força para resistir à comida e não precisaria expulsá-la, de forma agressiva, por meio do vomito, depois de ingeri-la. Assim o ato de vomitar aquilo que se comeu era passou a ser considerado “fraqueza de espírito”. (ANDRADE, 2011)
Contudo, um dos primeiros a descrever a bulimia foi R. James, em 1743. Para ele os pacientes apresentavam um “quadro de disfunção digestiva”; e, por outro lado, eles também ofereciam um “certo grau de preocupação com a alimentação” (COUVREUR, 2003, p.15 apud ANDRADE, 2011).
Na metade do século XIX, começaram a realizarem-se estudos sobre a anorexia mental, pois algumas pessoas tinham episódios de fome extrema e voraz, sendo que nesses momentos deixavam de lado o ideal da magreza. O desconhecimento do transtorno alimentar e a falta de remédios, levou algumas pessoas a serem tratadas com medicamentos da época, ou seja, gotas de láudano e opiáceos (COUVREUR, 2003, p. 17, 18 apud ANDRADE, 2011). Estas fórmulas diminuíam a fome , como o fazem alguns medicamentos atuais.
Na segunda