Estruturas da psicoses

2393 palavras 10 páginas
ESTRUTURA DAS PSICOSES:
Assim, identificações tão idealizastes quanto alienantes virão aprisionar o sujeito em uma dinâmica dual, afastando-o do seu caminho próprio , o que terá como consequência a generalização da psicose como loucura a dois, em que a psicose de um, em geral a mãe, vem provocar a psicotização do outro, o filho, por exemplo.
Em 1938, no texto "Complexos Familiares", este tema é tratado por um Lacan que busca articular a psicanálise freudiana com a "fenomenologia do ser" hegeliana. Neste contexto, a psicose será abordada como um fenômeno de exacerbação da captação e da fixação do sujeito a imagos que vêm impedir o prosseguimento da dialética de seu desenvolvimento subjetivo.
...concepção organodinâmica de Henri Ey, o qual, embora desse uma certa importância à causalidade psíquica das psicoses, afirmava que a origem do fenômeno psicótico se situaria em uma lesão neurológica, responsável por uma ruptura no desenvolvimento psíquico do indivíduo. Lacan irá se opor radicalmente à concepção de Ey - a qual, diga-se de passagem, tornou-se hegemônica no discurso psiquiátrico desde então – sustentando ser a loucura inteiramente vivida dentro do campo do sentido.
Em primeiro lugar, Lacan chama a atenção para a estranheza do fato de que, em suas pesquisas, os pós-freudianos tenham passado a dar primazia à clínica da esquizofrenia, deixando em segundo plano o trabalho teórico e clínico sobre a paranóia, quando a atitude de Freud foi justamente a oposta, ou seja, Freud se interessava pela paranóia, e quase não abordava a esquizofrenia. Está correto então que o fenômeno psicótico primordial esteja marcado pela ruptura e a ausência de relações de compreensão, como aquele afirmava. Mas isso não porque se trate de uma mera fragilidade orgânica do indivíduo, como sustentava também Henri Ey, mas sim porque antes das relações significativas, temos que pensar a psicose como sendo o efeito de um acidente na própria estruturação da linguagem, isto é, na forma como

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