Resumo

1038 palavras 5 páginas
Na estrutura clínica a que chamamos de psicose não há o que chamamos de sintomas, já que falar em sintoma requer falar num acordo entre recalque e desejo, implicando assim numa metáfora, mas sim de formações elementares, onde temos os delírios e alucinações, que não são passíveis de interpretação enquanto metáfora por não se apresentar no campo do simbólico. Assim, o discurso delirante do psicótico é do campo do real, sem buracos, um discurso absoluto, que achata o sujeito, onde a crise psicótica ocorre na tentativa de entender esse gozo do Outro. Por não possuir uma castração no simbólico esta aparece no real, podendo, por exemplo, o indivíduo psicótico cortar seu corpo.
A psicose que para Freud é causada por uma falha no recalque primário, para Lacan (2008) é resultado da foraclusão do Nome-do-Pai, onde o sujeito não recebe significação da Lei e da elisão do falo, onde a castração existe no real do corpo, mas não no simbólico.
Lacan (2008) buscou o sentido jurídico do termo de que foracluir é uma pessoa ou coisa é excluída de um lugar para fora do mesmo e uma vez expulso fica trancado para sempre. Foracluir é colocar para fora das leis da linguagem, ou seja, da castração, da metáfora do nome-do-pai. O que é excluído, posto para fora do simbólico, não pode retornar no mesmo como ocorre no recalque, retorna no real.

1. Psicoses - uma introdução

Psicose não é demência, diz Lacan, em seu seminário 3 - As Psicoses. As psicoses são, se quiserem _ não há razão para se dar ao luxo de recusar empregar esse termo _ , o que corresponde àquilo a que sempre se chamou, e a que legitimamente continua se chamando, as loucuras. (LACAN, 1955 / 1988, p.12).
É através do relato autobiográfico de Schreber que Freud (1911) fez seu primeiro grande estudo sobre as psicoses. Não trabalhou diretamente com ele, mas fez uma investigação psicanalítica através do relato autobiográfico de Daniel Paul Schreber (1905 / 1984). Naquela época Freud dividia as psicoses em duas vertentes:

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