Estruturalismo

O estruturalismo não é considerado uma escola propriamente dita, pois seus autores não estão ligados a nenhuma doutrina específica. É uma abordagem que veio a se tornar um dos métodos mais extensamente utilizados para analisar a língua, a cultura, a filosofia da matemática e a sociedade na segunda metade do século XX. Em 1906 e 1911, Ferdinand de Saussure promove cursos de linguística que se tornam a base do estruturalismo, onde tem como proposta o estudo das palavras no interior da vida social. A significação dessas palavras é dada pelo uso social da linguagem. Saussure diz que para a comunicação acontecer é preciso que os interlocutores sejam capazes de distinguir entre nuances e sentidos das palavras. No livro Cours de linguistique générale ( em português, Curso de linguística geral) o termo estruturalismo tem sua origem.
O Frânces Claude Lévi-Strauss, antropólogo conhecido como o progenitor da antropologia estrutural e do estruturalismo, parte da definição para estrutura como um "sistema de relações que forma a sociedade" para edificar o seu sistema de pensamento comunicacional.
Para Lévi-Strauss a estrutura, quando organizada de forma sistemática a sociedade e tendo por objetivo a sua preservação, assemelha-se a uma “máquina” que “funcionaria indefinidamente”. Identificou as regras que são comuns em qualquer sociedade, onde regulam a maneira como os homens trocam entre si os produtos, as mulheres e as palavras. Os linguistas explicavam os idiomas como um grupo de regras quando aplicados, que ordenavam a permissão da fala com um conjunto de símbolos, já os antropólogos analisavam os traços culturais, as instituições e as relações sociais como possibilidades de organizar as regras para permitir a vida social.
O estruturalismo procura explorar as inter-relações (as "estruturas") através das quais o significado é produzido dentro de uma cultura. De acordo com a teoria estrutural, os significados dentro de uma cultura são produzidos e reproduzidos