epidemiologia

2359 palavras 10 páginas
INTRODUÇÃO

O Brasil, apesar de inserido num contexto dotado de contradições econômicas, vem sofrendo uma série de transformações nos últimos 50 anos, em especial no que diz respeito a determinantes da relação saúde/doença da população.

A transição demográfica do espaço brasileiro (o êxodo rural) e da estrutura de empregos, que passa de uma demanda de mão-de-obra do setor primário da economia para o secundário e, sobretudo, o terciário; o declínio da mortalidade infantil, a diminuição da média de filhos por família, o aumento da expectativa de vida e, conseqüentemente, a mudança da pirâmide populacional, o maior acesso aos serviços de saúde (como pré-natal e vacinação), melhores condições de saneamento básico e o acesso aos meios de comunicação em massa, em especial à TV, caracterizam algumas dessas mudanças, o que resulta em novos estilos de vida, novas demandas nutricionais e novos perfis de morbi-mortalidade. Encontra-se aí a transição nutricional, caracterizada por uma inversão nos padrões de distribuição dos problemas nutricionais, sendo no atual contexto, uma passagem da desnutrição para a obesidade.

Diante disso, forma-se um novo cenário epidemiológico no país, caracterizado pelo declínio de doenças infecciosas transmissíveis e, em contrapartida, o aumento de doenças crônicas não transmissíveis, cujos fatores de risco são de origem multifatorial (considerando-se a associação íntima das mudanças no padrão de alimentação com o aumento de tais doenças). Modifica-se, então, o perfil de saúde da população: ao invés de processos agudos que se resolvem rapidamente através da cura ou do óbito, tornam-se predominantes as doenças crônicas degenerativas e suas complicações, que implicam em décadas de utilização dos serviços de saúde.

Dessa forma, é objetivo deste trabalho constatar tais mudanças no perfil de doenças e identificar as deficiências criadas no processo em questão. São transformações que requisitam investimentos, conscientização e ações

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