Ensino De Arte Na Ditadura

495 palavras 2 páginas
Trechos retirados do livro:
Rede São Paulo de Formação Docente: Cursos de Especialização para o quadro do Magistério da SEESP (Ensino Fundamental II e Ensino Médio - São Paulo - 2011)
Autoria: Ana Mae Barbosa e Rejane Galvão Coutinho

Capítulo: Pressões e mudanças - a ditadura de 1964 A ditadura de 1964 perseguiu professores e escolas experimentais foram aos poucos desmontadas sem muito esforço... Até escolas de educação infantil foram fechadas. A partir daí, a prática de arte nas escolas públicas primárias foi dominada, em geral, pela sugestão de tema e por desenhos alusivos a comemorações cívicas, religiosas e outras festas. … Eram, porém, raras as escolas públicas que desenvolviam um trabalho de arte. Na escola secundária pública comum, continuou imbatível o desenho geométrico com conteúdo quase idêntico ao do Código Epitácio Pessoa em 1901. … Hoje pode parecer estranho que uma ditadura tenha tornado obrigatório o ensino da arte nas escolas públicas. Contudo, tratava-se de um mascaramento humanístico para uma lei extremamente tecnicista, a Lei 5692, que pretendia profissionalizar os jovens na escola média. … No que diz respeito ao ensino da arte, cursos universitários de dois anos foram criados para preparar professores aligeirados, que ensinassem todas as artes ao mesmo tempo, tornando a arte na escola uma ineficiência a mais no currículo. ... Em 1973, foram criados os cursos de licenciatura em Educação Artística com duração de dois anos (licenciatura curta) para preparar estes professores polivalentes. Após este curso, o professor poderia continuar seus estudos em direção à licenciatura plena, com habilitação específica em artes plásticas, desenho, artes cênicas ou música. Educação Artística foi a nomenclatura que passou a designar o ensino polivalente de artes plásticas, música e teatro. … Nos inícios de 1979, aconteceu o 1o Encontro Latino Americano de Arte Educação, que reuniu cerca de quatro mil professores no Rio de Janeiro (1977). Neste

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