Energia elétrica produzida através do lixo
A energia produzida no Brasil é majoritariamente limpa, pois é centrada nas hidrelétricas, que são responsáveis por 70,77% da matriz energética do país, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica. No entanto, quando o nível dos reservatórios fica baixo, como na longa estiagem que houve em 2007, as termoelétricas movidas a gás ou a óleo são acionadas e elas produzem resíduos no processo de geração de energia. Na queima desses combustíveis, há emissão de gases poluentes, como o óxido nítrico e o gás sulfuroso, que podem não apenas causar riscos à saúde, como problemas respiratórios, mas também contribuir para o aumento do efeito estufa. Também pode ocorrer contaminação de rios, lagos e mananciais, com o descarte incorreto dos resíduos gerados pelas termoelétricas. O potencial brasileiro para transformar lixo em energia permanece subutilizado – quase nada dos resíduos brasileiros é utilizado para gerar energia. São poucas as iniciativas no país que utilizam essa fonte de energia. Bons exemplos aqui são os aterros sanitários Novos gerar, em Nova Iguaçu uma metropolitana do Rio de Janeiro, Bandeirantes e São João, em São Paulo, que utilizam o gás metano resultante da decomposição natural da matéria orgânica para gerar energia. O aterro Novo gerar foi o primeiro do mundo a vender créditos pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo , do Protocolo de Kyoto. A energia gerada no Bandeirante é usada pelo Unibanco e a do São João 24.8 MW ou 198,4 mil casas é vendida para grandes consumidores, como shopping centers.
Resumo Poucas pessoas sabem, mas o lixo produzido pelos centros urbanos pode se tornar energia. Isso seria uma solução duplamente ecológica, já que resolveria o problema do lixo que se acumula em lixões e aterros, representando risco para a saúde e para o ambiente e geraria uma fonte de energia limpa. A energia elétrica via lixo pode ser obtida de duas formas: pela incineração ou pela