Emílio rousseau

A noção de liberdade no Emílio de Rousseau

Jean-Jacques Rousseau, escritor e grande filósofo do iluminismo (movimento intelectual que se desenvolveu no século XVIII, cujo objetivo era a difusão da razão, a “luz”) causou um grande impacto na educação, na literatura e na política com suas teorias. Teorias estas, muito criticadas na época.
Os pressupostos básicos de Rousseau com respeito à educação eram a crença na bondade natural do homem e a liberdade, e atribuía à civilização pela origem do mal. Acreditava-se que quando o desenvolvimento adequado era estimulado, a bondade natural do indivíduo poderia ser protegida da influência corruptora da sociedade.
Consequentemente, os objetivos da educação, para Rousseau, comportam dois aspectos: o desenvolvimento das potencialidades naturais da criança e seu afastamento dos males sociais. O professor deve educar o aluno baseado nas suas motivações naturais. "Logo que nos tornamos conscientes de nossas sensações, estamos inclinados a procurar ou evitar os objetos que as produzem", diz ele.
Deve-se também respeitar a liberdade física da criança, pois a criança só se torna livre quando for capaz de realizar a sua vontade.
“Emílio” fornece suporte essencial para pensar a educação infantil, pois a criança precisa ser formada como “senhora de si mesma” e respeitada em seu mundo. Isso não significa que a criança não tenha limites morais e políticos, mas sim ao contrário, tratar bem a infância também é integrá-la ao convívio social e para que isso aconteça é necessário que os adultos percebam e disciplinam progressivamente seus desejos, pois, quando há uma educação que não saiba diferenciar a necessidade natural da necessidade de fantasias leva a criança a querer tudo de uma só vez, sem reservas, ou seja, ela não sabe identificar o que realmente precisa e isso poderá trazer consequências preocupantes. Portanto, deve-se educar no sentido de que a criança saiba por si só quando sua necessidade tem real importância.
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