Eles nao usam black tie analise
CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS
SERVIÇO SOCIAL
ADRIANA C. DOS SANTOS
ANÁLISE DO FILME: ELES NÃO USAM BLACKE TIE
Londrina
2007
ADRIANA C. DOS SANTOS
ANÁLISE DO FILME: ELES NÃO USAM BLACKE TIE
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social do Centro de Estudos Sociais Aplicados da Universidade Estadual de Londrina como requisito parcial à disciplina de Movimentos Sociais e Direitos Sociais.
Professora: Márcia Pastor.
Londrina
2007
Os movimentos sociais surgem com a crise da ditadura militar a partir da articulação da sociedade civil, abrindo para o surgimento inclusive dos movimentos sindicais. As abordagens dos movimentos sociais se voltam para a análise do movimento sindical pós anos 80, e o filme Eles não usam blacke tie aborda os movimentos sindicais que são a expressão da luta de classes. Nesta passagem dos anos 70 para 80, período final da ditadura, após 15 anos de repressão. O filme relata um período de greves e movimentos de lideranças sindicais em São Paulo no ano de 1979, uma greve operária, de reivindicação por melhores salários, condições dignas de trabalho e narra o confronto político-ideológico entre Otávio, um homem ligado às lideranças do movimento sindical, que passou alguns anos na cadeia devido à militância política reprimida pela ditadura militar, adere à greve mesmo contrariado com a decisão da categoria, que lhe parece precipitada. Participando dos piquetes em frente à fábrica, entra em choque com a polícia, é espancado e preso. E seu filho Tião, criado no período da ditadura, pensa em primeiro lugar no próprio futuro, nas vésperas de se casar com Maria que estava esperando um filho seu. É indiferente ao drama do pai e dos colegas, fura a greve com medo de perder o emprego e usa o direito de poder escolher, por viver em país democrático.