Educomunicação - a concepção de um projeto.

I. Concepção

Por meio de recursos midiáticos, os alunos do 4º ano do Ensino Fundamental I desenvolverão stop motions (animações quadro a quadro) com base no conteúdo adquirido nas aulas de Ciências, Língua Portuguesa, História e Geografia, explorando os conceitos de meio ambiente e sustentabilidade.

II. Justificativa

É apenas a partir da compreensão da tecnicidade mediática como dimensão estratégica da cultura que a escola pode inserir-se nos processos de mudanças que atravessam a nossa sociedade. (Barbero, 1996 in: Citelli, 2000)

Partindo do princípio de que a escola surge como um dos principais agentes na formação sociocultural de crianças e jovens, essa instituição depara-se cada vez mais com a necessidade de inovar em seus processos de comunicação para um público com necessidades informacionais muito diferentes das de décadas anteriores. Para que isso aconteça, a escola precisa enxergar os MCM como aliados da aprendizagem, travando um diálogo direto e capacitando seus principais representes, os professores, a lidar com essa nova realidade. Essa capacitação vai muito além do aprendizado tecnológico que, se utilizado sem um objetivo claro, passa a ser em vão. O desafio da escola é o de fazer com que o corpo docente perceba que a tecnologia não é algo alheio à educação ou apenas um instrumento de suporte, mas um canal múltiplo que leva à discussão, à reflexão e à formação do indivíduo e do grupo. A criança deve ver a escola como um espaço de aprendizagem lúdica, interativa e envolvente, assim como percebe os programas televisivos (educativos ou não), os jogos eletrônicos ou as páginas de internet, corroborando com a visão de Orozco:
[...] a recomendação é a de ir compreendendo que se pode “educar entretendo” – lema da TV Cultura, de São Paulo, Brasil – e que não necessariamente a compreensão facilitada implica perda de relevância ou qualidade. (Orozco, 1997)

Tendo em vista o cenário atual, a escola deve entender que não é mais a única detentora