Educação indígena no brasil
A Educação Escolar Indígena é voltada às escolas localizadas em terras habitadas pelas comunidades indígenas, com a garantia do atendimento de ser diferenciada, específica, intercultural e de acordo com a realidade sócio-linguística de cada povo. O termo “Escolar” é utilizado para diferenciar das demais atividades indígenas. Esta categoria educacional, portanto, não deve ser confundida com a educação indígena tradicional própria de cada etnia, conforme as diferentes culturas e pedagogias.
Nos termos da atual legislação federal, os objetivos da Educação Escolar Indígena são: proporcionar aos índios, às suas comunidades e povos, a recuperação de suas memórias históricas, a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências; e garantir o acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não-índias. (LDB, Art. 78).
A Historia da Educação Indígena no Brasil
A educação escolar indígena no Brasil atravessou historicamente três períodos distintos, subdivididos em cinco fases, caracterizadas por diferentes encaminhamentos e diretrizes político-ideológicas, a saber:
Primeiro Período: “A escola de catequese”, que coincide historicamente com dois primeiros séculos de colonização, vai de 1549 (data da chegada dos primeiros jesuítas) a 1759/67 (expulsão dos jesuítas dos territórios portugueses e espanhóis respectivamente), esteve basicamente sob a responsabilidade de missionários, portugueses e espanhóis principalmente. A escolarização era apenas um instrumento de catequese, de cristianização do índio, que frequentemente era “pacificado” e sua mão de obra escravizada para ajudar a construir o projeto colonial. Produziu-se nesse período o aniquilamento de diversas culturas e a incorporação de mão de obra indígena à sociedade nacional.
Segundo Período: “As primeiras letras e o Projeto Civilizatório”, que vai de meados do século XVIII até