Educação Física

Não estava em condições de saber o que tinha acontecido no caso de DJ, exceto o fato de que as acusações eram graves. Outras duas pessoas estavam presas com ele: Martin Roche e Andrew Cross, ambos torcedores do West Ham. Andrew Cross fora o primeiro a ser preso: na noite anterior, ocorrera uma discussão entre ele e Martin Roche, e Cross levou uma surra; no dia seguinte, foi apanhado trocando notas falsas de cinquenta dólares e levou as autoridades até o quarto de hotel de Martin Roche. Era ali que DJ estava hospedado. Recebi minha primeira carta em fins de julho. Era articulada, cuidadosa e admiravelmente bem-humorada; de uma forma surpreendente, a vida carcerária fazia bem a DJ. Ele chegara ao lugar de prisioneiro encarregado da cozinha, fazendo acordos em troca de pratos, e estabelecendo uma rota eficaz, embora complicada, até o supermercado local. Continuava ainda no ramo de importação-exportação.
Algumas semanas depois, recebi minha segunda carta. Não fora marcada data para seu julgamento, mas DJ tinha esperanças de estar em liberdade a tempo para a partida seguinte do Millwall, em outubro. Mencionou estar praticando seu francês, aprendendo grego e aprimorando suas habilidades culinárias. Tinha os guardas da prisão a seu serviço, fazendo suas compras. Mas a situação era grave, eu queria comparecer ao julgamento de DJ, mas os meses passavam e a data não era marcada. Nesse Interim, retomei meu contato com Tom Melody.
Eu conhecera Tom no ano anterior na Turquia, durante um dos jogos eliminatórios do campeonato europeu. Ele era o proprietário do Bridge, um pub em Croydon, e quatro de seus fregueses habituais, Dave, Mark, Gary e Harry, todos torcedores do Chelsea tinham levantado o dinheiro para que Tom os acompanhasse na viagem para a Turquia. Nesta ocasião, um rapaz chamado Gary foi detido depois de rasgar dinheiro turco, e Tom e eu nos conhecemos tentando impedir que as autoridades turcas utilizassem toda força de seu poderio militar contra ele. Na ocasião